O economista Paulo Guedes, que assumirá o ministério da Economia do presidente eleito Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira que gostaria de ver aprovada ao menos parte da reforma da Previdência enviada ao Congresso pelo governo Michel Temer. Esta seria uma estratégia para reequilibrar o sistema atual mais rapidamente, já que o déficit da Previdência (incluindo o INSS e o regime dos servidorse públicos) não para de crescer e chegou a R$ 269 bilhões em 2017. Mas Guedes acrescentou que o governo quer criar um novo regime, inspirado na experiência chilena, baseado na repartição.
Além da repartição, o sistema previdenciário brasileiro iria prever ainda, pela proposta de Guedes, um programa assistencial de renda mínima para quem não conseguisse poupar para a aposentadoria. O valor seria menor do que o salário mínimo e maior do que o Bolsa Família.
O novo regime de repartição seria voltado para quem está entrando no mercado de trabalho. Durante a campanha, Guedes sugeriu também que novos trabalhadores poderiam aderir a um novo típo de vínculo trabalhista, apelidado de carteira de trabalho verde e amarela. Na previdência, o regime de repartição já foi adotado em outros países, com resultados variados.
Fonte - O Globo