Rádio 88 FM realizou mesa redonda com temática voltada para o 2° turno das eleições

Foi com um clima muito amistoso que os jornalistas Raimundo Marinho, Yonélio Sayd e o advogado Guto Tanajura fizeram uma análise sobre o resultado das eleições. A conversa foi mediada pelo apresentador do Jornal da 88, Emanuel Fernandes, na edição desta última segunda-feira (29), e o nossos convidados trouxeram três vieses diferentes.

No primeiro instante, Guto Tanajura fez questão de fazer uma análise numérica do resultado e aproveitou a oportunidade para salientar a importância de celebrar a democracia. “A diferença foi de pouco mais de 10 milhões, numa eleição bastante polarizada. Mas o mais importante foi a festa da democracia em que todos os eleitores do país puderam escolher livremente o próximo presidente, que eleito pelo povo, terá legitimidade para governar a partir de 2019”, afirmou Guto.

Já Raimundo Marinho ponderou que deve haver respeito pela decisão da maioria e ressaltou a importância de continuar acreditando na lisura do processo eleitoral. “Havia muito discurso infamado em que dava parecer que a democracia estava em risco, mas não houve nada disso. Por tanto, desmitificou-se essas falas. Resta a sociedade agora fiscalizar e exigir do novo presidente medidas que visem o melhor pro país, afinal, ele será o presidente de todos os brasileiros”, ponderou Raimundo.

Em contrapartida a fala de Marinho, Yonélio relatou que teve um pouco de medo por conta do cenário dividido e enérgico que tomou conta das duas campanhas, tanto a do PT, como a do PSL. “Houve um acirramento de discursos de ambas as partes. Foi quase uma guerra de ofensas gratuitas, principalmente, nas redes sociais. Graças a Deus a democracia prevaleceu”, disse aliviado.

Os convidados também voltaram olhares para o número de abstenções do pleito em Livramento e do papel da militância nas campanhas dos dois candidatos.

Raimundo Marinho abriu o segundo bloco ressaltando a importância do eleitor em todo processo. “A eleição deste ano foi diferente pelo vasto envolvimento dos eleitores em defesa de seus candidatos. No entanto, a participação destes não acaba com o resultado final. Por isso, a sociedade em geral deve acompanhar o trabalho de todos os eleitos”, aconselhou. Yonélio por sua vez enxergou com a normalidade a quantidade de ausentes no município. “Acredito que a quantidade de pessoas que ficaram sem votar está dentro da normalidade da realidade de Livramento, principalmente quando se trata de uma eleição para presidente”. Guto também acompanhou o parecer de Sayd: “dentro da normalidade. Basta lembrar que existe um percentual de pessoas que nem sempre conseguem estar em Livramento para votar”.

Para finalizar, os analistas fizeram questão de relembrar a importância dos deputados eleitos no que tange a viabilização de emendas parlamentares para Livramento.

Marinho, por exemplo, explicou que os deputados são intermediadores junto ao governo do estado e ao governo federal para que verbas sejam destinadas para Livramento. “Nossas reivindicações dependem de dinheiro, dependem de projeto, por tanto, a cidade não tem condições de fazer sozinhas. O dinheiro das emendas é originado de nossos impostos, por isso, não deveriam ser viabilizados dessa forma, com o intuito de promover os políticos”, criticou Raimundo. Já Guto chamou atenção falta de autonomia financeira de Livramento. “A receita de Livramento gira em torno de 80 milhões de reais. Como a cidade é muito incipiente para gerar receita, existe uma certa dependência das emendas, ou seja, do repasse de dinheiro dos deputados para a cidade. No nosso caso, os deputados estaduais eleitos que tiveram voto no município foram Marquinhos Viana (PSB) e Nelson Leal (PP). Resta torcer que eles se atentem para nossa realidade”. Yonélio encerrou as análises dizendo achar incerto o destino dessas verbas. “É difícil você fazer uma conta exata em cima de eleição de deputado estadual e federal, pois, infelizmente, o deputado eleito, filho daqui, ao meu ver, não faz nada por aqui. É preciso apostar como os livramentenses apostaram ao escolher esses deputados apoiados pelo prefeito, pelos vereadores e etc. Qual seria a solução para Livramento nesse sentido: construir duas candidaturas. Uma para deputado estadual e outra para deputado federal com filhos livramentenses, pois com Nelson não tem funcionado”, queixou-se.

 

Fonte - Radio88FM


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