Com a saída do PMDB, como fica a base aliada do governo?

Com a confirmação da saída do PMDB do governo nesta terça-feira (29), a base aliada da presidente Dilma Rousseff ficará mais enxuta: sem contar o PT, restarão ainda seis partidos apoiando o governo. O PRB já deixou a base governista.

A menor quantidade de legendas coligadas ao governo se traduz na redução da representatividade dos membros. Depois do PT, que conta com 58 deputados e 12 senadores, a legenda com o maior número de deputados é o Partido Progressista, com 49 membros na Câmara e senadores, mas que ameaça deixar a base aliada em uma assembleia marcada para quarta-feira (30), seguindo o rastro do PMDB.

Sem o PMDB, a base aliada do governo conta com:

  • 216 dos 513 membros da Câmara dos Deputados (42%)
  • 26 dos 81 membros do Senado (32%)
  • 26 dos 65 deputados que compõem a comissão do impeachment (40%).

Para efeitos de comparação, em 1º de janeiro de 2014, a base aliada do governo compunha a maioria da Câmara e do Senado, com 304 deputados e 47 senadores.

Números do impeachment

O governo precisa de 171 votos contrários na Câmara dos Deputados para barrar o impeachment. Para que o processo avance, são necessários no mínimo 320 votos favoráveis, o que representa dois terços da Câmara. No Senado, é preciso maioria simples para que o processo continue --ou seja, pelo menos 41 senadores devem apoiar o impeachment.

É preciso lembrar que, apesar de um partido fazer parte da base aliada, não há garantia de fidelidade por parte dos seus membros na hora de uma votação. Ou seja, os 216 deputados que compõem hoje a base do governo na Câmara não significam o mesmo número de votos contrários ao impeachment. É o caso do PSD,que já liberou a bancada para votar como quiser na questão do impeachment.

Por outro lado, os representantes do PCdoB e PDT, principais aliados do PT, devem votar em peso contra o impeachment.

 

Fonte - Uol 


Comentários



Nenhum comentário, seja o primeiro a enviar.



Deixe seu comentário