Renan Calheiros renuncia à liderança do PMDB no Senado

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou no plenário do Senado, nesta quarta-feira, 28, sua saída da liderança do PMDB, mas também aproveitou para fazer críticas ao governo. O peemedebista disse que “não irá ceder a Michel Temer” e que o presidente tem “postura covarde” diante dos direitos trabalhistas.

“Deixo a liderança do PMDB. Não seria jamais líder de papel, nem lideraria o PMDB contra trabalhadores e aposentados. Estou me libertando de uma âncora pesada e injusta. Permanecer na função seria ceder a um governo que trata o partido como um departamento do Poder Executivo e optou por massacrar os trabalhadores”, anunciou Renan.

O senador aproveitou o momento para tornar a criticar a reforma trabalhista do governo. “Não tenho a menor vocação para marionete. O governo não tem legitimidade para conduzir essas reformas complexas que, ao invés de resolver o problema, agravam”, afirmou.

Renan afirmou que defende as reformas e que o Brasil precisa atualizar as legislações trabalhista e previdenciária. Entretanto, o senador criticou aspectos dos projetos que, segundo ele, “cassa direitos dos trabalhadores”.

“Votar a terceirização ampla e irrestrita sem passar pelo Senado e a reforma trabalhista sem que o Senado possa alterar uma linha é demais.”

O senador afirma que deixou a liderança do PMDB ciente de que fez críticas e sugestões ao governo mas que, em sua opinião, mais ajuda o governante quem faz críticas do que elogios.

“Convencido de que o problema para o governo sou eu, me afasto da liderança. Vou exercer minha função com total independência”, disse.

 

Fonte - Exame


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